A Editora UFRJ lança Fernand Deligny e as ecologias do humano, de Marlon Miguel. O livro aborda o trabalho e o pensamento pioneiro desse educador francês (1913-1996), que por quase sessenta anos se dedicou ao estudo de crianças autistas mudas e de jovens infratores. Suas reflexões ocorrem em torno desses corpos humanos – “refratários”, como ele diz, a toda imagem pré-fabricada, a toda matriz definidora do homem enquanto tal.
O lançamento acontecerá no dia 1 de abril, às 19h, na Livraria da Travessa de Botafogo, rua Voluntários da Pátria, 97. Na data, o autor debaterá o tema do livro com as professoras Tania Rivera e Maria Alice Poppe.
De acordo com o autor, “a atualidade e radicalidade do seu pensamento residem justamente no fato de que Deligny é uma figura inclassificável, que transita entre diversas áreas do saber e trabalha entre e com os marginais”.
Marlon Miguel é um dos coordenadores do projeto de pesquisa “Madness, Media, Milieus. Reconfiguring the Humanities in Postwar Europe” na Universidade de Weimar, na Alemanha. É doutor em Artes Plásticas e Filosofia pela Université Paris 8: Vincennes Saint-Denis e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e responsável pela organização dos Arquivos de Fernand Deligny para o IMEC. Fora da academia tem uma prática de circo e artes do espetáculo.
Tania Rivera é ensaísta, psicanalista, curadora e professora titular da Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua também junto ao Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Maria Alice Poppe é bailarina, colaboradora em processos de criação em dança e doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). É professora dos cursos de Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora colaboradora do curso de pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).
