Qual o sentido de se pensar o fenômeno acústico da ressonância como referência para avaliar ações e modos de relação que despontam como insurgência contra práticas de abafamento que têm ocupado espaços de poder institucional em nível planetário nos últimos anos e que se destinam ao desmonte da arte, da cultura e de estruturas de cuidado? Para responder essa questão, o autor observa que a expansão do princípio da ressonância a um campo ampliado de relações pode trazer pistas para lidar com algumas inquietudes do nosso tempo. Taborda destaca que, assim como cordas musicais afinadas na mesma frequência são postas em vibração por afinidade, o mesmo acontece no campo subjetivo, onde vibram “frequências de afeto” do nosso “encordoamento interior”.